SERÁ QUE VOCÊ CHEGARÁ ATÉ AQUI ?

Curiosamente, as pessoas costumam ofender os outros com os nomes que mais lhes convém na hora da raiva.

Cada um tem seu momento, e expulsa do peito aquilo que seu âmago mais detesta no outro. Os palavrões são muito comuns. Até mesmo pessoas cultas acabam usando, palavras de baixo calão para atacar o outro. E buscam ferir mesmo.
A palavra em Inglês é WORD. Acrescida de um "S" inicial vira ESPADA.  Ambas ferem e podem matar um inimigo, mesmo que ocasionalmente. Muitas vezes nos arrependemos de ter “matado” ou ferido alguém. Mas ai já é tarde, pois a flecha atirada acertou em cheio.  

Claro que muitos têm coletes próprios e não se ferem tanto, mas sempre deixam alguma marca em quem foi atingido.

Uma das ofensas mais usuais que minha geração é de se xingada de “velho”. Um sinônimo de imprestável, de algo que está na hora de ser jogado no lixo. Ou apenas empilhado em algum depósito, longe dos olhos de quem usa esse petardo.

Confesso que não me sinto confortável quando alguém me chama por esse qualificativo. Mesmo sendo um autêntico representante de pessoa rabugenta, não me sinto velho o suficiente para “merecer” o qualificativo.

Por outro lado fico pensando como as coisas mudaram nestes últimos anos.

No “meu tempo” de jovem, chamar alguém de velho era referir-se a alguém que realmente não tinha nada mais para dar. A não ser trabalho para todos, é claro. Hoje se sabe que muitos são os velhos que ainda mantém as famílias alimentadas com sua mísera aposentadoria, cavada com seu trabalho de toda uma vida. A imagem, abaixo, diz mais ou menos o que eu queria. Mas, antes uma pergunta: quantos que nos chamam de velhos terão o prazer de chegar onde estamos hoje ?


Vai mais uma aí ?


Pois então tome uma saideira.
A conta é por nossa conta.